Ontem à noite, a Furb realizou a sétima edição do Diálogos Universitários, projeto da Souza Cruz em parceria com as universidades.
Desta vez, o palestrante convidado foi o repórter Mauricio Kubrusly, conhecido por seu quadro Me Leva Brasil, no ar aos domingos no Fantástico.
Estive presente também na edição de 2009, quando Caco Barcellos foi convidado para falar aos alunos.
É justo que não é possível comparar estes dois repórteres. São pessoas diferentes, mas em comum tem o trabalho de informar. E coincidentemente, a forma de apresentação das palestras foi muito parecida.
Caco Barcellos, foda |
Caco Barcellos, em 2009, falou sobre seus desafios para investigar os casos narrados em seu Rota 66. Apresentou trechos de seu programa, Profissão Repórter, que emocionaram os presentes.
Mauricio, por sua vez, contou histórias do Me Leva Brasil, projeto que ele criou há cerca de dez anos. E tentou passar trechos do mesmo.
E a semelhança acaba aí. A grande diferença para o sucesso de uma palestra nestes moldes está no carisma. Caco tem naturalmente, Mauricio se esforça visivelmente.
Mauricio chegou dizendo que adora estar com os jovens, não para ensiná-los, mas para observá-los e aprender com eles. A palestra começou bem, até ele flagrar duas pessoas filmando sua conversa com os alunos que lotavam o ginásio da Furb. Foi pulso firme, mas de certa forma grosso e deselegante. O público não gostou.
Ele continuou palestrando, meio sem sentido, falando sobre formas de sair da rotina, de não fazer tudo sempre igual, de que é bom às vezes escovar os dentes com o braço esquerdo.
Maurico Kubrusly |
Daí que o Mauricio acabou de vez com sua palestra que já não estava sendo bem sucedida. De microfone na mão, novamente foi grosso e deselegante, ao reclamar, muito irritado, do incidente. Foi sarcástico também.
Não estou tirando o mérito da reclamação - é dureza um problema desses na frente de um ginásio lotado. Mas ninguém gostou da atitude dele, não era necessário. Os alunos se entreolhavam, fazendo cara de poxa vida, e muitos abandonavam o local.
Achei inevitável comparar os dois palestrantes. Caco, por R$ 40 mil (dizem as más línguas) foi simpático, instrutivo, calmo e educado - exatamente o que a gente vê na TV. Mauricio, talvez pela mesma quantia, foi o oposto do que vimos dele aos domingos. Mas talvez ele estivesse apenas em um dia de fúria.
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